O Grupo Humanitas de Teatro é um centro de pesquisa teatral onde o foco de atenção é o trabalho do ator, sua arte. Aqui vocês vão poder conferir a trajetória desta companhia que, desde 2000, faz história na cidade de Timon - MA.



quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CONTAGEM REGRESSIVA




O Grupo Humanitas de Teatro promete fazer um espetáculo tão marcante quanto o de 2011. E tem boas novidades para 2012. o Workshop é uma delas. Para participar, basta entrar em contato pelo email e solicitar sua ficha de inscrição pela internet ou, a partir de 02 de janeiro, nas paróquias da cidade de Timon.

E-MAIL: humanitasteatro@hotmail.com / tvnews@hotmail.com
INFORMAÇÕES: 86.8808-0115/ 8803-8424

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CRÍTICA

Confiram abaixo o texto de MANECO NASCIMENTO (Ator, Jornalista, Professor e Crítico Teatral) sobre a montagem de "O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE FEIURINHA" do Grupo Humanitas de Teatro:

Teatro sem fábula
por maneco nascimento

Há um texto maravilhoso construído pelo autor brasileiro, Pedro Bandeira, para a reinvenção do mundo fabular. O mote para recontagem, ou recuperação das memórias e oralidades, solidifica-se em inteligência criativa e enredo fora do lugar comum em “O Fantástico Mistério de Feiurinha”.
O livro infanto-juvenil aborda o desaparecimento de uma suposta princesa, chamada Feiurinha, e enreda o reencontro entre as principais princesas dos contos de fadas. Reúne Cinderela, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida, Rapunzel e Bela, a do conto “A Bela e a Fera”.*
À exceção de Chapeuzinho Vermelho, todas as outras mocinhas encontram-se grávidas e prestes a completar 25 anos de casamento com seus respectivos príncipes encantados. No encontro das princesas há espaço para rivalidades, visto estarem, em determinados momentos, mais preocupadas com as próprias histórias.
Com a notícia do desparecimento da Princesa Feiurinha, que poderá comprometer o futuro de todas elas, as princesas vencem as diferenças. E juntam-se no propósito de resgatar a desaparecida.
O Grupo Humanitas de Teatro, da cidade de Timon, no Maranhão, empreitou uma adaptação da nova fábula para o exercício das cenas locais. O resultado do adaptador Júnior Marks pode ser visto durante a Semana da Criança no Teatro Municipal João Paulo II, nos dias 15 e 16 de outubro de 2011, às 18 horas.
Para a dramaturgia de Júnior Marks, o cenário simples (Eristóteles Pegado) de tecido arranjado do teto ao chão, como divisão de ambientes do castelo de Branca de Neve, se completa com o espelho da madrasta ao fundo e, no primeiro plano, dois sofás vermelhos. Nessa sala de visitas se dão as cenas da nobreza.
Para cenário também, em outro momento da peça há o castelo das bruxas Malvada, Ruim e da sobrinha-bruxa Belezinha. Estão dispostas ali uma teia de aranha e uma luminária que pendem do teto. Nesse ambiente lúgubre a nascida bela e raptada criança é criada pelas “horrorosas” como Feiurinha.
O terceiro ambiente, o da floresta, dois painéis em ferro e tecido preto com flores coloridas sobrepostas. Na floresta, um casal brejeiro, os pais da criança bela são encantados pelas velhas bruxas que levam o bebê para ser a borralheira e companhia da bruxinha feia, nascida no mesmo dia da Feiurinha.
Um bode, único parceiro e companhia de Feiurinha, é desencantado pelo amor dela e sai em busca de seu título de nobreza para, em seguida, resgatar a Princesa. As Bruxas descobrem a felicidade de Feiurinha e a partir de uma pele de urso enfeitiçada transformam Feiurinha em bruxa e horrorosa. Até então, no ambiente do castelo, as “bonitas” eram as bruxas.
Com retorno do Príncipe encantado ao castelo das Bruxas há uma disputa por ele. E, nas vezes do “Círculo de Giz” (Brecht), a escolha de Feiurinha é de preservar a vida das Bruxas que deveriam ser mortas pela espada de prata.
Para a adaptação livre, o Grupo Humanitas de Teatro se finca na apresentação de Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e Rapunzel, apenas citada como não podendo comparecer à reunião. Há ainda o Caio, lacaio de Branca de Neve, os pais de Feiurinha, as três Bruxas, o Escritor e sua empregada, a velha contadora de histórias.
O desempenho de atores para tão agradável texto original é todo pífio. Júnior Marks, dividido entre o Escritor e a bruxa Malvada, consegue ser muito incipiente nas duas tentativas de construção da personagem. No escritor, o texto é histérico, intranqüilo nas inflexões e vomitado com pressa de, talvez, querer ganhar tempo. O corpo não dialoga, tem braços e mãos vazias.
Na sua bruxa Malvada, o ator não consegue desvincular-se de si mesmo. Estão lá todos os trejeitos contumazes do ator e suas + particulares idiossincrasias. A iniciativa de vocalizar maldade é de um forçado no timbre que desabona os ouvidos da assistência. Sua Bruxa perde-se no estereótipo da inacabada intenção de construção da malvadeza.
A bruxa Ruim, forjada por Adriana Campelo, tem uma proximidade da caricatura de feiticeiras eternizadas no cinema e tevê que ganha alguma organicidade na corporalidade naturalista e vontade de acertar. Quando representa a Chapeuzinho Vermelho o descontraído teatro ligeiro é mais visível. Os textos continuam, por vezes, distribuídos gratuitamente e exasperados. Mas, ao representar a empregada do escritor, tem uma velha + tranqüila e é até agradável o esforço de prestar a atenção em suas falas.
A terceira bruxa, a adolescente Belezinha, é de Iarla Ribeiro que constrói um misto de fanfarrão e espalhatoso. Mas ninguém entende nada do que a atriz fala e o corpo à personagem nega qualquer incentivo de direção de cena. A atriz também leva às costas Cinderela e a Mãe da Feiurinha. Há pouco empenho para distanciar as construções das personagens e, talvez, a direção devesse apontar algum caminho de ciência à fábula.
Eristóteles Pegado reparte-se entre um lacaio Caio desesperado em ser engraçado, um Pai de Feiurinha com prosódias e caricaturas simplistas, um Príncipe “desencantado” com texto fraco e um nobre Encantado que segue a mesma linguagem corporal e de humor, de repertório evasivo, para todas as personagens suas permitidas.
Flávia Sousa, na pele de Feiurinha e Branca de Neve, traz uma voz de arranho rachada e as inflexões vêm em tagarelice descontrolada. Talvez, fosse necessário adquirir uma orientação vocal para que a platéia perceba as falas da personagem de forma + sutis e agradáveis. O corpo é inerte e parece não estar convencida de que precisa convencer.
Os figurinos de Adriana Campelo seguem perfil da estética do espetáculo, assim com a pesquisa musical construída pelo Grupo. Todo o coletivo da história recontada, de alguma forma, está desconcentrado para a cena apresentada.
A direção de dramaturgia e de ator tem toda uma responsabilidade sobre o produto apresentado ao público. Cabe ao Júnior Marks deter-se + em ensaios e criação de intimidade com o proposto. Só assim o Humanitas de Teatro confirmará um teatro com fábula. O visto no palco ainda não teve finalização.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MEU ÚLTIMO AMOR NO LUSÓFONO



O Grupo Humanitas de Teatro compôs a grade de Programação do FESTLUSO - Festival de Teatro Lusófono que acontece anualmente em Teresina. A Apresentação do espetáculo MEU ÚLTIMO AMOR ACABOU ANTES DE ONTEM foi ontem as 23h00 no Teatro estação.

ENCONTRO

Sob o Patrocínio do BNDES, Banco do Nordeste, Governo Federal, Secretaria de estado da cultura do maranhão e Fundação municipal de cultura de Timon, aconteceu o IV ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES. Um evento com o intuito de promover a arte timonenses e deixá-la em contato com outras produções. O encontro aconteceu de 18 a 20 de agosto no Centro de Treinamento Wall Ferraz. Confira alguns clicks:







sábado, 9 de julho de 2011

HUMANITAS PROMOVE IV ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES




O Movimento artístico timonense, nos últimos anos, tem buscado um maior espaço entre a sociedade do nosso município. Trabalhos variados, concepções distintas, novos atores, diferentes bailarinos, isto tem demonstrado uma vontade de produzir arte.

O Grupo Humanitas de Teatro, ao realizar o ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES, procura refletir as artes produzidas em Timon (MA) nos aspectos humano e técnico. Visando o estudo, o debate e a informação: elementos necessários a uma arte reflexiva e comprometida com o bem da humanidade.

Este ano o evento acontecerá nos dias 18, 19 e 20 de agosto no Centro de Treinamento Wall Ferraz em Timon. A intenção é fazer com que cada vez mais artistas se aproximem de sua arte através de discussões culturais.A Programação, inteiramente gratuita, conta com FÓRUM DE DEBATES, OFICINAS, PALESTRAS E APRESENTAÇÕES CULTURAIS. A abertura será as 20h00 do dia 18/08 com o Cantor e compositor piauiense Vavá Ribeiro e o Encontro encerra as 20h00 do dia 20/08 com a apresentação do Espetáculo MÉDEIA IN PROCESS de Camaçari- BA.

Maiores informações sobre o Encontro podem ser encontradas no http://www.encontrodosartistastimonenses.blogspot.com/, bem como sua programação.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

PRA DESCONTRAIR

O Grupo Humanitas de Teatro de Timon(MA) aportou no Projeto Temporadas Populares do Teatro Municipal João Paulo II, para ocupar as quartas feiras de junho, sempre às 20 horas. A estréia do Grupo dentro do Projeto ocorreu na quarta feira, dia 08 de junho de 2011. O espetáculo, “Meu último amor acabou antes de ontem”.

Texto e direção de Junior Marks, a montagem aborda encontros e despedidas de um grupo de amigos em ambiente de mesa de bar. Um garçon, sempre atento às conversas do grupo, interativo das confidências e diligente no atendimento à mesa mais quatro amigos recortam a dramaturgia

O grupo rememora as desilusões, remoendo as horas contadas da amizade envolvente, mesmo que nas inconfidências. O texto cumpre o papel de entreter na cena e a dramaturgia de palco é funcional, partindo da composição inicial de imagem em “freezer” para o solo das personagens que vão ganhando vida a seu tempo.

Eristóteles Pegado, o garçon, tem desenvoltura econômica e divertida nas intervenções silenciosas e intrusivas durante as conversas particulares dos quatro amigos. Traveste-se ainda, como em memória de “flash back”, compondo personagens lembradas no papo trivial. Está à vontade.

Jerônimo Macedo, o pegador sem uma lembrança próxima do último amor, é uma caricatura do macho alpha do grupo. Soa comum. Os trejeitos de construção corporal da personagem ficam na margem do risível. Maior instrospecção composicional ao “gostosão” do pedaço, talvez surtisse melhor efeito dramático que tornaria o cômico + concentrado, sem o apelo fácil.

Adriana Campelo tem um corpo natural que despertaria o riso sem dificuldades, caso aproveitasse-o melhor à organicidade do texto, sem atravessar o humor, já intrínseco, com apelo do engraçado pelo fácil. Algumas inflexões textuais são perdidas pela pressa da participação, ou pelo descuido de ouvir com + tranquilidade a si mesma. Tem um “timing” que poderia ser melhor explorado.

Flávia Sousa tem boa projeção de voz e se não corresse tanto para livrar-se do texto, talvez tivesse mais sucesso na composição da personagem da mocinha sonhadora e dependente das decisões do sempre último amor. Sua voz natural, muito aberta, cria uma estranheza a quem ouve o texto saído de sua boca.

Exercícios de técnica vocal que projetasse as inflexões + pelo palato dariam um ganho significativo. Flávia já tem uma projeção natural bem clara, faltando apenas uma amaciada no timbre estridente. A energia e a presença em cena da atriz melhor concentradas operariam milagres.

Júnior Marks tem uma apropriação segura de seu próprio texto, é engraçado até em aproveitar sua natural voz nasalizada e, por vezes, aguda. Tem tranqüilidade de improvisação, mas por vezes perde-se no que pareceria vaidade em encenar.

Quem o conhece fora de cena não vê muita diferença entre o Júnior dos maneirismos orais próprios e trejeitos corporais particulares arrastados ao palco. Um bom ator, mas que prefere trabalhar sob o risco do menor esforço de composição da personagem.

“Meu último amor acabou antes de ontem”, com desenho dramatúrgico de Marks é de bom riso, entretém e não chega a ser enfadonho. Com maior equilíbrio dos diálogos, silêncios e passagem de tempo ficaria com uma boa dose de humor + redondo.

A peça tem estilo, com melhor concentração talvez conseguisse o propósito perseguido. A dispersão da comédia não é na cena, mas na platéia que ri melhor quando colhe maior entendimento da piada.

Por Maneco Nascimento

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"MEU ÚLTIMO AMOR ACABOU ANTES DE ONTEM" no Teatro João Paulo II




Quem nunca correu para um ombro amigo em um bar para chorar por suas desilusões amorosas? Que mesmo com certa distância, perceber que, quando precisa, seu amigo está lá para rir de você e fazer você sorrir também... "Meu último amor acabou antes de ontem" conta justamente este caso, provando, com irreverência, que turma não é coisa só de adolescente e tem um sentido maior na vida das pessoas. O Espetáculo estará em cartaz todas às quartas-feiras do mês de junho no Teatro João Paulo II, às 20h, dentro do Projeto Temporadas Populares.

Com entrada a preços populares (apenas R$ 6,00 a inteira e R$ 3,00 a meia), o projeto é uma realização da Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, e tem como objetivo ampliar o corpo coletivo em formação de platéia que já vem interagindo com o TMJPII.

"Meu último amor acabou antes de ontem" foi escrita em 2003, pelo autor e diretor Júnior Marks, do grupo Humanitas de Teatro. A equipe tem uma proposta inovadora e moderna, sendo formada pelos jovens talentos Flávia Souza, Adriana Campelo, Jerônimo Macedo, Eristóteles Pegado e o próprio Júnior Marks.

A peça conta a história de quatro amigos universitários que nunca tiveram êxitos em seus relacionamentos e se reúnem em um bar para tentar descobrir o motivo de suas frustrações amorosas. O estabelecimento vira, então, palco das mais originais narrativas das experiências dos personagens Celma, Sônia, Fabrício e Lune. O principal espectador dessa história é o garçom. Em meio a bebidas, músicas, diversão e mensagens de auto-estima, eles descobrem o inevitável: que não existe amor mais puro do que a amizade que há entre eles.

Serviço
Evento: Temporadas Populares
Data: Toda quarta-feira do mês de junho
Horário: 20h
Local: Teatro João Paulo II

terça-feira, 31 de maio de 2011

IV ENCONTRO DOS ARTISTAS É LANÇADO COM FESTA

O último sábado foi dia de festa para o Grupo Humanitas de Teatro. O Grupo lançou o IV ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES com um grande show protagonizado por Vavá Ribeiro, Cantor e compositor piauiense. O ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES acontece de 18 a 20 de agosto no Centro de treinamento Wall Ferraz. A programação, inteiramente gratuita, conta com oficinas, palestras, debates e apresentações culturais. Algumas presenças já foram confirmadas, tais como o espetáculo MEDÉIA IN PROCESS, DUO EM TRIPÉ, APARECEU A MARGARIDA e muitos outros. Abaixo você confere algumas fotos deste lançamento que marcou o início das atividades artísticas na cidade de Timon.










segunda-feira, 16 de maio de 2011

IV ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES JÁ TEM DATA MARCADA




O Grupo Humanitas de Teatro já marcou a data do IV ENCONTRO DOS ARTISTAS TIMONENSES. O Evento acontecerá nos dias 18, 19 e 20 de agosto no Centro de Treinamento Wall Ferraz em Timon. A intenção é fazer com que cada vez mais artistas se aproximem de sua arte através de discussões culturais.A Programação, inteiramente gratuita, conta com FÓRM DE DEBATES, OFICINAS, PALESTRAS E APRESENTAÇÕES CULTURAIS.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

CONVITE



O Diretor do Grupo Humanitas de teatro, Júnior Marks, recebeu ontem o convite para compor o Júri de seleção de atores do grupo de teatro da Uespi - Campus União. A seleção acontece no próximo sábado no Campus da Uespi na cidade de União a 59 km da capital piauiense.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

IV ENCONTRO DOS ARTISTAS É CONTEMPLADO EM MAIS UM EDITAL



O Edital Universal da Cultura Marahense divulgou os projetos contemplados na edição 2010/2011. Dentre eles estava a 4ª edição do Encontro dos Artistas Timonenses, idealizado pelo Grupo Humanitas de Teatro. O encontro tem como principal finalidade a troca de experiencias entre os artistas locais e de outras cidades vizinhas. Os critérios de avaliação estabelecidos pelas Comissões de Análise de Projetos foram baseados nos itens relacionados abaixo, além de outros critérios considerados relevantes pelos próprios avaliadores, que foram soberanos em suas decisões:

1) Qualidade técnica e/ou artística;
2) Ineditismo do projeto;
3) Contribuições sociais para os públicos atingidos e a comunidade de origem;
4) Promoção da diversidade da cultura maranhense;
5) Resgate e preservação da memória;
6) Formação ou aperfeiçoamento profissional;
7) Viabilidade prática do projeto.

domingo, 24 de abril de 2011

MESA REDONDA





O Grupo HUMANITAS de Teatro participou recentemente de uma mesa redonda que debatia sobre o Teatro Piauiense. Através do diretor da Companhia, Junior Marks, o Grupo discutiu sobre formação de platéia e projetos culturais.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

PAIXÃO DE CRISTO DE TIMON ESTÁ NA MÍDIA




O grupo "Humanitas de Teatro" leva pela primeira vez a cidade de Timon no Maranhão o espetáculo “Paixão de Cristo”. Encenado antes por grupos menores e longe do centro, a peça encenada a céu aberto e no centro da cidade promete encantar todos, e aqueles que não puderem ir conferir a apresentação, poderão assistir a encenação ao vivo pela TV Assembleia.

Encenada na praça São José, o espetáculo conta em sua grande maioria com atores maranhenses, mas não deixaram de convidar experientes atores de Teresina, como Dilcon Carvalho. “Já interpretei Jesus por cinco anos no bairro Monte Castelo, agora fui convidado para encena-lo em Timon, a expectativa é grande, pois é a primeira Paixão de Cristo dessa grandiosidade na cidade”, afirmou.


Dilcon Cravalho interpretará Jesus (à esquerda) e Júnior Marks será Lúcifer (à direita) na Paixão de Cristo

O espetáculo apresentado em Timon conta também com uma eficiente estrutura física, oferecendo conforto e segurança ao público. A apresentação será feita ao redor da praça, obedecendo a sua estrutura circular. O local abriga até cinco mil pessoas.

“Aguardamos as famílias timonenses e teresinenses, tivemos o cuidado de marcar a encenação em uma data que não chocasse com nenhuma do Piauí. Nos apresentaremos no dia 17, abrindo assim o roteiro turístico religioso”, informou o ator Júnior Marks, que interpreta Lúcifer no espetáculo.

domingo, 3 de abril de 2011

GRUPOS TROCAM FIGURINHAS PARA ESPETÁCULO EM TIMON - MA E EM BOM JESUS - PI




O elenco que participa da Paixão de Cristo, ao contrário do que dizem alguns, é quase todo de Timon. Dos 38 atores, apenas 8 são de Teresina, convidados pelo talento que tem. O Grupo Humanitas convidou o ator Dilcon Carvalho para interpretar o personagem Jesus, ao saber que ele não iria mais participar do espetáculo realizado todos os anos pelo Grupo de Teatro do Monte Castelo. Júnior Marks, diretor do Humanitas disse: "É um desperdício um ator tão talentoso e tão parecido com o povo da região do mediterrâneo, estar de fora. Por isso, nós do Humanitas achamos extermamente interessante tê-lo em nosso espetáculo. Isso é normal. A gente sabe que outros espetáculos convidaram artistas. O pessoal do Monte Castelo disse que trará atores globais, a Paixao de Bom Jesus vai contar com a Gretchen e com o Fernando Pavão, a de Floriano com o Szafir e nós vamos ter o prazer de contracenar com Dilcon Carvalho, que tão bem faz esse papel. Espero que a nossa parceria seja por muito tempo".







A Bola da vez

Dilcon Carvalho, aliás, vai estar no elenco de Timon mas, também do eleco de Bom jesus, de acordo com o diretor do grupo Teatro da Tribo, Franklin Pires. Ele e Odirene dos Santos vão contracenar com o ator Fernando Pavão.Nayara Fabrícia, Maria Madalena em Timon, interpretará Salomé em Bom Jesus. Odirene dos Santos, a diretora em Timon, será, em Bom Jesus simplesmente, Herodiades. "O que eu acho interessante é justamente esse intercâmbio cultural. Não há necessidade de confusões de bastidores. Os grupos realmente importantes do Piaui e Timon sabem que é preciso trocar "figurinhas". Enriquece muito mais o nosso trabalho. E eu farei a personagem Herodiades, em Bom Jesus, com imenso prazer. Vai ser uma correria. Nosso espetáculo em Timon é dia 17 de abril. Já na segunda-feira, dia 18 eu viajo para Bom Jesus, com a equipe do Grupo Teatro da Tribo, disse Odirene.

quarta-feira, 30 de março de 2011

sábado, 19 de março de 2011

NOTÍCIAS DA PAIXÃO


As notícias sobre a PAIXÃO DE CRISTO em Timon já tomaram conta dos quatro cantos da cidade. Confira (NA ÍNTEGRA) matéria publicada no site da Prefeitura do município:
TIMON TERÁ O PRIMEIRO ESPETÁCULO DA PAIXÃO DE CRISTO
A cultura de Timon passa por uma verdadeira transformação. Passada as festividade do Zé Pereira e do Carnaval, a cidade se prepara para o grande espetáculo religioso na história. Pela primeira vez em Timon, será sediado a Paixão de Cristo.

Famoso espetáculo teatral, a Paixão mostra a vida, morte e ressurreição numa seqüência de cenas com os principais fatos da vida de Jesus. De emocionar ao público, esse “show” é realizado por muitas cidades principalmente do Nordeste do Brasil.

Em Timon, não poderia ser diferente. Este ano, uma equipe de produtores, jornalistas, colaboradores e os atores do grupo timonense de Teatro Humanitas, está há mais um mês organizando a Paixão de Cristo de Timon 2011, um marco no panorama cultural da cidade.

A Paixão de Cristo será transmitida ao vivo pela TV ASSEMBLÈIA do Piauí, para mais de 16 cidades e onde pega o sinal da emissora. Os internautas também podem acompanhar Ao Vivo, pelo www.alepi.pi.gov.br.

A Prefeitura de Timon e a Fundação de Cultura é parceira do projeto e está dando todo o apoio necessário para a perfeita realização do Ato. A prefeita Socorro Waquim, está muito satisfeita com a idéia, e diz que a I edição da paixão eleva a cultura e a religiosidade de Timon para o patamar que a cidade merece.

As cenas serão realizadas na Praça São José no centro de Timon, em frente à Igreja de São José. O cenário já está sendo planejado, e a população Timonense já está na expectativa de ver de perto o espetáculo. Serão mais de 70 pessoas entre elenco e produção, distribuídas em 13 cenas.

O diretor do grupo Humanitas de teatro, Junior marks, que também é diretor da Fundação de Cultura afirma que “o espetáculo mexe com a religiosidade do nosso povo, é a luta do bem contra o mau. Grandes atores de Timon e mais 10 atores convidados de Teresina farão parte do casting”.

O ator Dílcon Carvalho, que é conhecido como protagonista de grandes papéis fará Jesus e Júnior Marks, grande nome do teatro timonense, fará o papel do Diabo. A diretora Odirene do Santos foi a convidada para dirigir o espetáculo. Ela que tem uma bagagem grande de experiência também é responsável pelo texto da Paixão.


Voce pode conferir a publicação em: http://www.timon.ma.gov.br/fundacao-municipal-de-cultura/timon-tera-o-primeiro-espetaculo-da-paixao-de-cristo-412.html


Mais notícias sobre a Paixão de Cristo em Timon acesse: http://www.paixaotimon2011.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de março de 2011

ENSAIOS DA PAIXÃO DE CRISTO COMEÇAM HOJE

A Partir de hoje o Grupo Humanitas de Teatro inicia oficialmente os ensaios da Paixão de Cristo. Três dias foram escolhidos para os ensaios: Segunda, Quarta e Sábado. Muitos atores que não compõem o Grupo Humanitas de Teatro foram convidados e dividem com os atores da trupe os personagens principais. A Encenação conta também com atores do Grupo Proposta de Teatro, Truá Cia. de Espetáculo, Grupo Indigentes de Teatro, Grupo Sinos de Teatro e artistas teresinenses. A Estréia do espetáculo será no dia 17 de abril de 2011 na Praça São José no centro da cidade de Timon.

domingo, 6 de março de 2011

GRUPO HUMANITAS ENCENA PAIXÃO DE CRISTO




A Praça São José, em Timon, será palco para o espetáculo " Paixão de Cristo : Vida, morte e ressurreição".

Uma peça encenada ao ar livre, reunindo atores de Timon e Teresina. O espetáculo é uma iniciativa do Grupo Humanitas de teatro que conta com a participação especial de atores profissionais da vizinha Teresina.

Antagônicos
Na "Paixão de Cristo", dois personagens dominam o espetáculo e ficam o tempo inteiro no pensamento dos espectadores: Jesus e o Diabo.
É por esse motivo que todo cuidado foi tomado para a escolha dos atores que farão esses personagens. E toda a magia desse antagonismo
será visto na primeira cena - "A tentação no deserto". Os atores Dilcon Carvalho e Júnior Marks dividem a cena que marca o começo da encenação. Dilcon já encenou o personagem Jesus por vários anos no espetáculo homônimo, em Teresina.
"Este ano serei Jesus em Timon, a convite do grupo Humanitas de Teatro", disse Dilcon.
"É um grande prazer contracenar com o Dilcon mais uma vez. E a participação dele na "Paixão de Cristo" em Timon só tem a engrandecer o espetáculo", disse Júnior Marks, ator que interpreta o diabo e também diretor do grupo Humanitas.

Vale lembrar que o texto encenado este ano em Timon é de autoria da diretora Odirene dos Santos, que também fará a direção do espetáculo timonense.
"Cerca de 70 profissionais estarão reunidos nesse trabalho mas, ainda não posso adiantar muita coisa. Só posso dizer que estamos preparando tudo com grande carinho porque Timon e Teresina merecem", informou Odirene.

A TV Assembléia vai transmitir ao vivo todo o espetáculo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

EDITAL UNIVERSAL DE APOIO A CULTURA MARANHENSE




O Grupo Humanitas de Teatro está concorrendo ao EDITAL UNIVERSAL DE APOIO À CULTURA MARANHENSE". O Edital já divulgou a lista de habilitados e o Projeto "IV Encontro dos artistas timonenses" encontra-se lá. O evento já foi selecionado no Edital BNB de Cultura. Agora o Grupo torce por mais esse apoio. A relação final dos projetos contemplados no Edital será divulgada no dia 18 de março de 2011, no portal da SECMA e nos meios de comunicação.

O Edital Universal de Cultura contempla propostas que entendam a cultura em suas dimensões simbólica e material, na promoção da cidadania, na geração de produção, no emprego e renda, e de acordo com as seguintes categorias: artes populares, artes visuais, artes cênicas, audiovisual, capacitação cultural, intercâmbio, literatura e música.

Segundo o superintendente Wellington Reis, o objetivo do edital é garantir às entidades culturais, produtores, artistas, professores, estudantes e pesquisadores de cultura, grupos e manifestações culturais do Estado, recursos financeiros totais ou parciais a projetos e ações que explorem diferentes formas de linguagens artísticas e práticas culturais. “É uma forma de permitir o acesso democrático a todos os atores culturais aos recursos disponibilizados pelo Estado, com os mesmos critérios de igualdade, participação e transparência no processo seletivo”, destaca.

Cada área de atuação será uma homenagem a oito personalidades da cultura maranhense: a folclorista Dona Lili Sá, na categoria de Artes Populares; o fotógrafo Luís Gonzaga Frazão, conhecido como Mobi, na categoria de Artes Visuais; o ator Beto Bittencourt, nas Artes Cênicas; o radialista Coelho Neto, no Audiovisual; o artista plástico e animador cultural Roldão Lima, na Capacitação Cultural; o produtor Pierre Barroso, no Intercâmbio; o professor e poeta Nascimento Moraes Filho, na Literatura; e o músico José Carlos Pixixita, na Música.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

PEÇA DO GRUPO HUMANITAS DE TEATRO VIRA FILME




MEU ÚLTIMO AMOR ACABOU ANTES DE ONTEM, peça do Grupo Humanitas de Teatro vai virar filme. Depois de muitas delongas sobre o assunto, a peça que está em cartaz desde 2003 começa a se transformar em filme no dia 26 de fevereiro, onde acontecem as primeiras tomadas da película. Sob a direção geral de Júnior Vasconcelos, MEU ULTIMO AMOR ACABOU ANTES DE ONTEM - O FILME está previsto pra estrear em setembro deste ano. Vamos aguardar!

DISCURSO DE POSSE DA NOVA MINISTRA DA CULTURA

Confira abaixo trecho do Discurso de Posse da Nova Ministra da Cultura Ana de Hollanda.










Excelentíssimos Srs. ministros e ministras, senadores e deputados, demais autoridades presentes, caríssimos servidores do Ministério da Cultura do Brasil,

Minhas amigas, meus amigos, boa tarde.

Antes de mais nada, quero dizer que é com alegria que me encontro aqui hoje. Uma espécie de alegria que eu talvez possa definir como uma alegria densa. Porque este é, para mim, um momento de emoção, felicidade e compromisso.

Sinto-me realmente honrada por ter sido escolhida, pela presidenta Dilma Rousseff, para ser a nova ministra da Cultura do meu país.

Um momento novo está amanhecendo na história do Brasil – quando, pela primeira vez, uma mulher assume a Presidência da República. Por essa razão, me sinto também privilegiada pela escolha. Também é a primeira vez que uma mulher vai assumir o Ministério da Cultura. E aqui estou para firmar um compromisso cultural com a minha gente brasileira.

Durante a campanha presidencial vitoriosa, a candidata Dilma lembrou muitas vezes que sua missão era continuar a grande obra do presidente Lula. Mas nunca deixou de dizer, com todas as letras, que “continuar não é repetir”.

Continuar é avançar no processo construtivo. E quando queremos levar um processo adiante, a gente se vê na fascinante obrigação de dar passos novos e inovadores. Este será um dos nortes da nossa atuação no Ministério da Cultura: continuar – e avançar. (..) É claro que vamos dar continuidade a iniciativas como os Pontos de Cultura, programas e projetos do Mais Cultura, intervenções culturais e urbanísticas já aprovadas ou em andamento – como as ações urbanas previstas no PAC 2, com suas praças, jardins, equipamentos de lazer e bibliotecas. E as obras do PAC das cidades históricas, destinadas a iluminar memórias brasileiras. Enfim, minha gestão jamais será sinônimo de abandono do que foi ou está sendo feito. Não quero a casa arrumada pela metade. Coisas se desfazendo pelo caminho. Pinturas deixadas no cavalete por falta de tinta.

(...)

E aproveito a ocasião para pedir uma primeira grande ajuda ao Congresso, aos senadores e deputados agora eleitos ou reeleitos pela população brasileira: por favor, vamos aprovar, este ano, nesses próximos meses, o nosso Vale Cultura, para que a gente possa incrementar, o mais rapidamente possível, a inclusão da cultura na cesta do trabalhador e da trabalhadora. Cesta que não deve ser apenas “básica” – mas básica e essencial para a vida de todos. Em suma, o que nós queremos e precisamos fazer é o casamento da ascensão social e da ascensão cultural. Para acabar com a fome de cultura que ainda reina em nosso país.

(...)

Quero ainda assumir outro compromisso, que me alegra ver como uma homenagem ao nosso querido Darcy Ribeiro. Estaremos firmes, ao lado do Ministério da Educação, na missão inadiável de qualificar o ensino em nosso país. Se o Ministério da Educação quer mais cultura nas escolas, o Ministério da Cultura quer estar mais presente, mediando o encontro essencial entre a comunidade escolar e a cultura brasileira. Um encontro que há muito o Brasil espera – e onde todos só temos a ganhar.

Pelo que desde já se pode ver, o Ministério da Cultura, na gestão de Dilma Rousseff, não será uma senhora excêntrica, nem um estranho no ninho. Vai fazer parte do dia-a-dia das ações e discussões. Vai estreitar seus laços de parentesco no espaço interno do governo. Mas, para que tudo isso se realize, na sua plenitude, não podemos nos esquecer do que é mais importante.

Tudo bem que muita gente se contente em ficar apenas deslizando o olhar pela folhagem do bosque. Mas a folhagem e as florações não brotam do nada. Na base de todo o bosque, de todo o campo da cultura, está a criatividade. Está a figura humana e real da pessoa que cria. Se anunciamos tantos projetos e tantas ações para o conjunto da cultura, se aceitamos o princípio de que a cultura é um direito de todos, se realçamos o lugar da cultura na construção da cidadania e no combate à violência, não podemos deixar no desamparo, distante de nossas preocupações, justamente aquele que é responsável pela existência da arte e da cultura.

Visões gerais da questão cultural brasileira, discutindo estruturas e sistemas, muitas vezes obscurecem – e parecem até anular – a figura do criador e o processo criativo. Se há um pecado que não vou cometer, é este. Pelo contrário: o Ministério vai ceder a todas as tentações da criatividade cultural brasileira. A criação vai estar no centro de todas as nossas atenções. A imensa criatividade, a imensa diversidade cultural do povo mestiço do Brasil, país de todas as misturas e de todos os sincretismos. Criatividade e diversidade que, ao mesmo tempo, se entrelaçam e se resolvem num conjunto único de cultura. Este é o verdadeiro milagre brasileiro, que vai do Círio de Nazaré às colunatas do Palácio da Alvorada, passando por muitas cores e tambores.

Sim. A riqueza da cultura brasileira é um fato que se impõe mesmo ao mais distraído de todos os observadores. Já vai se tornando até uma espécie de lugar comum reconhecer que a nossa diversidade artística e cultural é tão grande, encantadora e fascinante quanto a nossa biodiversidade. E é a cultura que diz quem somos nós. É na criação artística e cultural que a alma brasileira se produz e se reconhece. Que a alma brasileira brilha para nós mesmos – e rebrilha para o mundo inteiro.

E aqui me permitam a nota pessoal. Mas é que não posso trair a mim mesma. Não posso negar o que vi e o que vivi. Arte e cultura fazem parte – ou melhor, são a minha vida desde que me entendo por gente. Vivência e convivência íntimas e já duradouras. Nasci e cresci respirando esse ar. Com todos os seus fluidos, os seus sopros vitais, as suas revelações, os seus aromas, as suas iluminuras e iluminações… E nesse momento eu não poderia deixar de agradecer ao meu pai e à minha mãe, que me abriram a mente para assimilar o sentido de todas as linguagens artísticas e culturais. É por isso mesmo que devo e vou colocar, no centro de tudo, a criação e a criatividade. O grande, vivo e colorido tear onde milhões de brasileiros tecem diariamente a nossa cultura.

A criatividade brasileira chega a ser espantosa, desconcertante, e se expressa em todos os cantos e campos do fazer artístico e cultural: no artesanato, na dança, no cinema, na música, na produção digital, na arquitetura, no design, na televisão, na literatura, na moda, no teatro, na festa.

Pujança – é a palavra. E é esta criatividade que gira a roda, que move moinhos, que revela a cara de tudo e de todos, que afirma o país, que gera emprego e renda, que alegra os deuses e os mortais. Isso tem de ser encarado com o maior carinho do mundo. Mas não somente com carinho. Tem de ser tratado com carinho e objetividade. E é justamente por isso que, ao assumir o Ministério da Cultura, assumo também a missão de celebrar e fomentar os processos criativos brasileiros. Porque, acima de tudo, é tempo de olhar para quem está criando.

A partir deste momento em que assumo o Ministério da Cultura, cada artista, cada criadora ou criador brasileiro, pode ter a certeza de uma coisa: o meu coração está batendo por eles. E o meu coração vai saber se traduzir em programas, projetos e ações.

Sei que, neste momento, a arte e a cultura brasileiras já nos brindam com coisas demais à luz do dia, à luz da noite, em recintos fechados e ao ar livre. E vamos estimular e fortalecer todas elas. Objetivamente, na medida do possível. E subjetivamente, na desmedida do impossível. Mas sei, também, que coisas demais ainda estão por vir, das extensões amazônicas à amplidão dos pampas, passeando pelos assentamentos da agricultura familiar, por fábricas e usinas hidrelétricas, por escolas e canaviais, por vilas e favelas, praias e rios – entre o computador, o palco e a argila. Porque, no terreno da cultura, para lembrar vagamente, e ao inverso, um verso de Drummond, todo barro é esperança de escultura.

É preciso descentralizar, sim. Mas descentralizar sem deserdar. É preciso dar formação e ferramentas aos novos. Mas garantindo a sustentação objetiva dos seus fazeres. Porque, como disse, muita coisa ainda se move em zonas escuras ou submersas, sem ter meios de aflorar à superfície mais viva de nossas vidas. É preciso explorar essas jazidas. Explorar a imensa riqueza desse “pré-sal” do simbólico que ainda não rebrilhou à flor das águas imensas da cultura brasileira.

Por tudo isso é que devo dizer que a atuação do Ministério da Cultura vai estar sempre profundamente ligada às raízes do Brasil. Pois só assim vamos nos entender a nós mesmos. E saber encontrar os caminhos mais claros do nosso futuro.

Minhas amigas e meus amigos, antes de encerrar, quero me dirigir às trabalhadoras e aos trabalhadores deste Ministério. De uma forma breve, mais breve do que gostaria, mas a gente vai ter muito mais tempo para conversar. De momento, quero apenas dizer o seguinte: seremos todos, aqui, servidores realmente públicos. Vou precisar, passo a passo, da dedicação de todos vocês. Vamos trabalhar juntos, somar esforços, multiplicar energias, das menores tarefas cotidianas, no dia-a-dia deste Ministério, às metas maiores que desejamos realizar em nosso país.

Em resumo, é isso. O que interessa, agora, é saber fazer. Mas, também, saber escutar. Quero que a minha gestão, no Ministério da Cultura, caiba em poucas palavras: saber pensar, saber fazer, saber escutar. Mas tenho também o meu jeito pessoal de conduzir as coisas. E tudo – todas as nossas reflexões, todos os nossos projetos, todas as nossas intervenções –, tudo será feito buscando, sempre, o melhor caminho. Com suavidade – e firmeza. Com delicadeza – e ousadia.

Mas, volto a dizer, e vou insistir sempre: com a criação no centro de tudo. A criação será o centro do sistema solar de nossas políticas culturais e do nosso fazer cotidiano. Por uma razão muito simples: não existe arte sem artista.

Muito obrigada.